quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vida Gaudéria

Todo dia acordo cedo
Bem antes do Sol raiar.
Sempre quando o galo canta,
Já é hora de levantar.

Na cozinha a leiteira chia.
Tem café com leite quente.
Não falta cuca com chimia,
Pra matar a fome da gente.

Depois disso vem o compadre
E vamos pro caramanchão.
Puxa o sepo pra comadre
Vamos tomar o chimarrão.

Cuia vai e cuia vem
E a roda está aumentando.
Vamos logo pra peleia
Que o dia está clareando.

O compadre pega as toras
Pra cortar e fazer lenha.
A comadre amarra as vacas
Está na hora da ordenha.

Tira o leite e a noite some
Vamos depressa com isso,
Porque o terneiro está com fome
E ainda tem que fazer o chouriço.

No almoço tem churrasco
Que o compadre temperou.
E na lenha recém cortada
Com capricho ele assou.

Agora vem a sobremesa
Doce de queijo e de mamão.
Que beleza a nossa mesa
Tudo fruto do nosso chão.

À tardinha o povo chega
Pra mais outro chimarrão.
E na roda se aconchega
Como manda a tradição.


Metonímia de Sentimentos

A Arrogância fala
A Simplicidade cala
A Luxúria exala
A Vaidade avassala

O Medo impede
A Carência pede
O Ciúme excede
A Humildade concede

O Egoísmo prende
O Desprendimento rende
A Dúvida pende
A Certeza transcende

A Inveja Corrói
A Saudade dói
O Ódio destrói
O Entusiasmo constrói

A Avareza tira
A Ignorância atira
A Falsidade conspira
A Mentira expira

A Alegria dança
A Tristeza cansa
A Benevolência amansa
A Preguiça rança

A fraternidade recebe
A Astúcia percebe
A Inteligência sabe
O Amor concebe